terça-feira, 29 de novembro de 2011

Fotos do Evento da Consciência Negra.

Data: 24/11/2011
Local: Ciep 476

BRASIL DE TODAS AS CORES...
GRANDES AMORES...


Debate sobre a beleza negra realizado pela educadora e contadora de história Sonia Faber , da Redes de Desenvolvimento da Maré, com a participação de vídeo do projeto "A COR DA CULTURA"  do Canal Futura..
 

Ao fundo, o contador de histórias da Redes de Desenvolvimento da Maré que trabalhou com a turma 602 contos de origem africana.

Teatro produzido pelo ex-aluno do Ciep Edson Stapp.



A animação do Coral do Ciep 476,  coordenado por Rogério Goudart.



Maquetes produzidas pelos alunos nas aulas de História.


Jogo construído pela turma 1008 com personagens negros importantes da história brasileira.


Apresentação da Banda do Ciep 476 regida pelo Professor Abelha.










Participação de pais e professores no evento da consciência negra.



FOTOS DA EXPOSIÇÃO EM COMEMORAÇÃO PARA O DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA

Trabalhos da turma 804 e 602.


Orientadores: professora Cleide e professor André.

Jogo: Personalidades negras, realizado pela turma 1008, sob coordenação da professora Viviane Couto.






Bonecos artesanais e cartazes sobre Contos e Lendas afro-brasileiras realizados pelos  professores Marcius Hilário e Andrea Mamede com as turmas 804, 805 e 702.




Cartazes sobre Bob Marley realizado pelos alunos da704, sob orientação da Professora Cleide.



domingo, 27 de novembro de 2011

ENQUANTO AS FOTOS NÃO CHEGAM, JOGUE E APRENDA...

MÚSICAS PARA PENSAR


Racismo É Burrice
Gabriel O Pensador

Salve, meus irmãos africanos e lusitanos, do outro lado do oceano
"O Atlântico é pequeno pra nos separar, porque o sangue é mais forte que a água do mar"
Racismo, preconceito e discriminação em geral;
É uma burrice coletiva sem explicação
Afinal, que justificativa você me dá para um povo que precisa de união
Mas demonstra claramente
Infelizmente
Preconceitos mil
De naturezas diferentes
Mostrando que essa gente
Essa gente do Brasil é muito burra
E não enxerga um palmo à sua frente
Porque se fosse inteligente esse povo já teria agido de forma mais consciente
Eliminando da mente todo o preconceito
E não agindo com a burrice estampada no peito
A "elite" que devia dar um bom exemplo
É a primeira a demonstrar esse tipo de sentimento
Num complexo de superioridade infantil
Ou justificando um sistema de relação servil
E o povão vai como um bundão na onda do racismo e da discriminação
Não tem a união e não vê a solução da questão
Que por incrível que pareça está em nossas mãos
Só precisamos de uma reformulação geral
Uma espécie de lavagem cerebral
Racismo é burrice
Não seja um imbecil
Não seja um ignorante
Não se importe com a origem ou a cor do seu semelhante
O quê que importa se ele é nordestino e você não?
O quê que importa se ele é preto e você é branco
Aliás, branco no Brasil é difícil, porque no Brasil somos todos mestiços
Se você discorda, então olhe para trás
Olhe a nossa história
Os nossos ancestrais
O Brasil colonial não era igual a Portugal
A raiz do meu país era multirracial
Tinha índio, branco, amarelo, preto
Nascemos da mistura, então por que o preconceito?
Barrigas cresceram
O tempo passou
Nasceram os brasileiros, cada um com a sua cor
Uns com a pele clara, outros mais escura
Mas todos viemos da mesma mistura
Então presta atenção nessa sua babaquice
Pois como eu já disse racismo é burrice
Dê a ignorância um ponto final:
Faça uma lavagem cerebral
Racismo é burrice
Negro e nordestino constróem seu chão
Trabalhador da construção civil conhecido como peão
No Brasil, o mesmo negro que constrói o seu apartamento ou o que lava o chão de uma delegacia
É revistado e humilhado por um guarda nojento
Que ainda recebe o salário e o pão de cada dia graças ao negro, ao nordestino e a todos nós
Pagamos homens que pensam que ser humilhado não dói
O preconceito é uma coisa sem sentido
Tire a burrice do peito e me dê ouvidos
Me responda se você discriminaria
O Juiz Lalau ou o PC Farias
Não, você não faria isso não
Você aprendeu que preto é ladrão
Muitos negros roubam, mas muitos são roubados
E cuidado com esse branco aí parado do seu lado
Porque se ele passa fome
Sabe como é:
Ele rouba e mata um homem
Seja você ou seja o Pelé
Você e o Pelé morreriam igual
Então que morra o preconceito e viva a união racial
Quero ver essa música você aprender e fazer
A lavagem cerebral
Racismo é burrice
O racismo é burrice mas o mais burro não é o racista
É o que pensa que o racismo não existe
O pior cego é o que não quer ver
E o racismo está dentro de você
Porque o racista na verdade é um tremendo babaca
Que assimila os preconceitos porque tem cabeça fraca
E desde sempre não pára pra pensar
Nos conceitos que a sociedade insiste em lhe ensinar
E de pai pra filho o racismo passa
Em forma de piadas que teriam bem mais graça
Se não fossem o retrato da nossa ignorância
Transmitindo a discriminação desde a infância
E o que as crianças aprendem brincando
É nada mais nada menos do que a estupidez se propagando
Nenhum tipo de racismo - eu digo nenhum tipo de racismo - se justifica
Ninguém explica
Precisamos da lavagem cerebral pra acabar com esse lixo que é uma herança cultural
Todo mundo que é racista não sabe a razão
Então eu digo meu irmão
Seja do povão ou da "elite"
Não participe
Pois como eu já disse racismo é burrice
Como eu já disse racismo é burrice
Racismo é burrice
E se você é mais um burro, não me leve a mal
É hora de fazer uma lavagem cerebral
Mas isso é compromisso seu
Eu nem vou me meter
Quem vai lavar a sua mente não sou eu
É você.




Maria, Maria
Milton Nascimento

Maria, Maria
É um dom, uma certa magia
Uma força que nos alerta
Uma mulher que merece
Viver e amar
Como outra qualquer
Do planeta
Maria, Maria
É o som, é a cor, é o suor
É a dose mais forte e lenta
De uma gente que rí
Quando deve chorar
E não vive, apenas aguenta
Mas é preciso ter força
É preciso ter raça
É preciso ter gana sempre
Quem traz no corpo a marca
Maria, Maria
Mistura a dor e a alegria
Mas é preciso ter manha
É preciso ter graça
É preciso ter sonho sempre
Quem traz na pele essa marca
Possui a estranha mania
De ter fé na vida....
Mas é preciso ter força
É preciso ter raça
É preciso ter gana sempre
Quem traz no corpo a marca
Maria, Maria
Mistura a dor e a alegria...
Mas é preciso ter manha
É preciso ter graça
É preciso ter sonho sempre
Quem traz na pele essa marca
Possui a estranha mania
De ter fé na vida....
Ah! Hei! Ah! Hei! Ah! Hei!
Ah! Hei! Ah! Hei! Ah! Hei!!
Lá Lá Lá Lerererê Lerererê
Lá Lá Lá Lerererê Lerererê
Hei! Hei! Hei! Hei!
Ah! Hei! Ah! Hei! Ah! Hei!
Ah! Hei! Ah! Hei! Ah! Hei!
Lá Lá Lá Lerererê Lerererê!
Lá Lá Lá Lerererê Lerererê!...
Mas é preciso ter força
É preciso ter raça
É preciso ter gana sempre
Quem traz no corpo a marca
Maria, Maria
Mistura a dor e a alegria...
Mas é preciso ter manha
É preciso ter graça
É preciso ter sonho, sempre
Quem traz na pele essa marca
Possui a estranha mania
De ter fé na vida
Ah! Hei! Ah! Hei! Ah! Hei!
Ah! Hei! Ah! Hei! Ah! Hei!!
Lá Lá Lá Lerererê Lerererê
Lá Lá Lá Lerererê Lerererê
Hei! Hei! Hei! Hei!
Ah! Hei! Ah! Hei! Ah! Hei!
Ah! Hei! Ah! Hei! Ah! Hei!
Lá Lá Lá Lerererê Lerererê!
Lá Lá Lá Lerererê Lerererê!...



Mama África
Chico César

Mama África
A minha mãe
É mãe solteira
E tem que
Fazer mamadeira
Todo dia
Além de trabalhar
Como empacotadeira
Nas Casas Bahia...(2x)
Mama África, tem
Tanto o que fazer
Além de cuidar neném
Além de fazer denguim
Filhinho tem que entender
Mama África vai e vem
Mas não se afasta de você...
Mama África
A minha mãe
É mãe solteira
E tem que
Fazer mamadeira
Todo dia
Além de trabalhar
Como empacotadeira
Nas Casas Bahia...
Quando Mama sai de casa
Seus filhos de olodunzam
Rola o maior jazz
Mama tem calo nos pés
Mama precisa de paz...
Mama não quer brincar mais
Filhinho dá um tempo
É tanto contratempo
No ritmo de vida de mama...
Mama África
A minha mãe
É mãe solteira
E tem que
Fazer mamadeira
Todo dia
Além de trabalhar
Como empacotadeira
Nas Casas Bahia...(2x)
É do Senegal
Ser negão, Senegal...
Deve ser legal
Ser negão, Senegal...(3x)
Mama África
A minha mãe
É mãe solteira
E tem que
Fazer mamadeira
Todo o dia
Além de trabalhar
Como empacotadeira
Nas Casas Bahia...(2x)
Mama África
A minha mãe
Mama África
A minha mãe
Mama África...




Olhos Coloridos
Sandra de Sá

Os meus olhos coloridos
Me fazem refletir
Eu estou sempre na minha
E não posso mais fugir...
Meu cabelo enrolado
Todos querem imitar
Eles estão baratinado
Também querem enrolar...
Você ri da minha roupa
Você ri do meu cabelo
Você ri da minha pele
Você ri do meu sorriso...
A verdade é que você
(Todo brasileiro tem!)
Tem sangue crioulo
Tem cabelo duro
Sarará, sarará
Sarará, sarará
Sarará crioulo...
Sarará crioulo
Sarará crioulo...(2x)
Os meus olhos coloridos
Me fazem refletir
Que eu tô sempre na minha
Não! Não!
Não posso mais fugir
Não posso mais!
Não posso mais!
Não posso mais!
Não posso mais!
Meu cabelo enrolado
Todos querem imitar
Eles estão baratinados
Também querem enrolar...
Cê ri! Cê ri! Cê ri!
Cê ri! Cê ri!
Cê ri da minha roupa
Cê ri do meu cabelo
Cê ri da minha pele
Cê ri do meu sorriso...
Mas verdade é que você
(Todo brasileiro tem!)
Tem sangue crioulo
Tem cabelo duro
Sarará, sarará
Sarará, sarará
Sarará crioulo...
Sarará crioulo
Sarará crioulo...(3x)





PROGRAMAÇÃO


COMEMORAÇÃO DO DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA
DATA: 24/11
PROGRAMAÇÃO


13h e 50min – Palestra Cor da Cultura 

  •  Público – Modelos
  •  Local – Sala 1
  • Responsável – Sonia Faber


14h e 20min – Apresentação do Coral
                    

  •  Público - 601 – 603 - 604
  •   Local – Refeitório
  •  Responsável – Rogério Goudart 

14h e 20min – Teatro e Apresentação de Vídeos sobre o Tema


  •  Público – 704 – 804 
  •  Local – Auditório
  • Responsável – Eduardo Stapp 

14h e 20min – Contação de Histórias


  •  Público – 602 
  •  Local – Sala 2
  •  Responsável – Bernardo

15h – Abertura Oficial – Banda - Fala da Direção – Poema(Aluno da turma 804.)

  •  Público – Todas as turmas.
  •  Local – Quadra

15h e 20min – Apresentação de Danças Afros 
15h e 30 min – Apresentação de Capoeira
16h - Desfile

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

PROJETO CONSCIÊNCIA NEGRA

TESTE

A cultura negra faz parte de suas raízes?

Faça o teste elaborado pela professora Dilma de Melo Silva, do Núcleo de Apoio à Pesquisa sobre o Negro Brasileiro (NEIMB) da USP, e descubra o quanto a cultura afro-brasileira está presente na sua vida.

1. Palavras como balangandã, batuque, papear, quitanda, quitute, sapeca, sunga, tagarela, tamanco, xingamento, caçula, cachimbo, cafuné, bunda e fofoca aparecem como e com que frequência no seu vocabulário?
      
a)   Normal e cotidianamente.
b)  Em momentos específicos, às vezes
c)   De maneira estranha e quase nunca.

2. Canjica, pamonha e quindim fazem parte da sua sobremesa?
a) Sim, costumo fazer, comprar ou comer esses doces.

          b) Às vezes, quando tenho vontade, procuro.

          c) Nunca, pois são doces muito específicos para serem          comprados ou feitos com facilidade.

3. Cuscuz, farofa, feijoada e tutu fazem parte de seu cardápio?
a) Sim, são pratos que eu adoro,f acilmente encontrados em restaurantes ou mesmo em uma almoço em casa.
b) São pratos que eu aprecio, mas não os encontro com facilidade para consumo e raramente os preparo.
c) Não gosto destes pratos, por isso não percebo a disponibilidade deles em restaurantes ou em almoços na casa de conhecidos.

4. Para você, espiritualidade e mundo espiritual apresentam-se como…

a) Nas reflexões sobre minha própria existência e sobre uma energia maior que rege o universo.
b) Nas reflexões sobre uma força maior que rege o universo.
c) Na religião e um único Deus


5. Você enxerga a morte como...
a) Uma passagem para ancestralidade.
b) Um fim em si.
c)  Um fim de tudo, fim da vida.



6. Você conhece ou é devoto de um destes santos: São Benedito, Nossa Senhora do Rosário, Nossa Senhora Aparecida, Santa Ifigênia ou Santo Elesbão?
a) Conheço a história e sou devoto(a)  de pelo menos um deles.
b) Conheço a história, mas não sou devoto.
c) Conheço pouco a história e não sou devoto(a) de nenhum dos santos citados.

7. Quando criança, as histórias que escutava eram contadas...

a) Pelos meus avós ou pela minha mãe ou pelo meu pai – que repetiam as histórias escutadas de seus pais ou avós.
b) Muitas vezes, mas não sempre, pelos meus avós.
c) Poucas vezes pelos meus pais, mas por meio de livros.
8. Como se constitui ou se constituía o seu núcleo familiar?
a)Família extensa e reorganizadas em relação às famílias padrão: filhos criados por avós; primos criados juntos; irmãos, tios e primos compartilhando a mesma casa.
b) Família extensa e forte presença de avós, primos e tios no cotidiano familiar, mas não moradores da mesma casa.
c) Família baseada em um núcleo pequeno: pais e filhos.

9. Com relação à lenda do Saci Pererê, você...
a) Tem grande lembrança da lenda, porque ela foi muito contada em sua infância. Costuma contá-la para as crianças de sua família atualmente.
b) Lembra dos principais pontos da lenda, mas não tem costume de contá-la para as crianças de sua família ultimamente.
c) Sabe da lenda, mas ela não lhe foi contada na infância.

10. O que sabe sobre São Cosme e São Damião?
a) São santos crianças que tem uma festa realizada no dia 07 de setembro direcionada a eles. Na ocasião, é realizada a distribuição de doces.
b) Santos associados a doces e crianças.
c) Nada além do fato de serem santos.

11. Seus ancestrais influenciaram sua vida e sua personalidade?
a) Muito, acredito que , de certa forma, eles contribuem para eu possa percorrer o caminho da minha vida.
b) Sim, mas de maneira razoável praticamente toda a minha vida e personalidade  têm base nas ações e reações do presente.
c) Não, acredito que minha vida e personalidade têm base nas ações e reações do presente apenas.


12. Você conhece os seguintes instrumentos de percussão: pandeiro, berimbau e atabaque?
a) Sim, até já toquei alguns deles.
b) Vi e ouvi falar, mas nunca toquei esses instrumentos.
c) Já ouvi falar, mas nunca ouvi nem toquei nenhum desses instrumentos.

Resultado
Você tem negras raízes!
As raízes afro-brasileira e africana estão presentes de maneira sutil na sua vida e no seu cotidiano, mas estão aí! O fato de essas influências não se manifestarem explicitamente tem relação com o conhecimento que os próprios brasileiros têm sobre suas origens culturais. Por exemplo, sabe-se que o samba tem relação com batuques africanos, mas pouco é falado sobre o início dessa manifestação entre os negros escravos no Brasil Colônia. Naquela época, a religiosidade original africana era proibida. Então os negros escravizados passaram a disfarçar suas manifestações religiosas por meio de batuques festivos organizados em rodas de canto e dança. Junto a isso, os negros organizavam ritos em torno dos santos católicos que mais se relacionavam com seus interesses e necessidades, considerando a cor da pele dos santos e proximidade de crença. É o caso de São Benedito e Nossa Senhora Aparecida, por exemplo.
Essas são histórias que precisam ser contadas para que a valorização da cultura afro-brasileira seja disseminada. “Não tem como achar que existem brasileiros sem nenhuma influencia da cultura negra. Para que isso fique claro, é necessário falar do negro nas escolas, para além do mês de novembro [mês do Dia da Consciência Negra]”, afirma Dilma de Melo Silva, professora associada da Escola de Comunicações e Artes da USP e pesquisadora-fundadora do Núcleo de Apoio à Pesquisa em Estudos Interdisciplinares sobre o Negro Brasileiro (NEIMB) da USP.